Proposta pelo Vereador Luís da Padaria, Sessão especial na Câmara, debate a luta invisível das mães atípicas

A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizou, na tarde desta segunda-feira (19), sessão especial para debater a luta invisível das mães atípicas. A solenidade reuniu diversas mães atípicas e foi proposta pelo vereador Luís da Padaria (Agir).

O parlamentar falou sobre as motivações para a realização da sessão. “Já na campanha, falávamos muito com pais e mães de crianças atípicas. Vemos que se fala muito, mas, de forma concreta, existem poucas ações. Então, resolvemos fazer essa sessão para podermos discutir e sair daqui com algo concreto, buscando trazer melhorias para a vida dessas mães, que já são tão sofridas. Essa é a nossa luta”, afirmou.

Geysiane Oliveira, mãe de Heitor, de seis anos, falou das principais dificuldades enfrentadas. “Quando você se descobre mãe atípica, você perde o chão. Depois do choque, você vai em busca de informações e não encontra. Ainda existe uma lacuna muito grande nesse aspecto, sobretudo de informação e orientação pra gente saber o que vai fazer e quem procurar. Por isso a importância de sessões como essa, para que possamos ser ouvidas e que as nossas demandas possam ser atendidas pelo poder público”, acrescentou.

Rejane Lira, coordenadora de educação especial de João Pessoa, representando a secretaria municipal de Educação, apresentou números e mostrou os avanços da área. “Iniciamos o ano letivo de 2025 com 6.610 estudantes público-alvo da educação especial, nas 210 unidades de educação municipal. Desse número, 3.727 são estudantes com autismo, que nós temos na rede. Sabemos que, hoje, a educação sozinha não dá conta e precisamos fazer um elo com a saúde. Nós estamos juntos”, destacou.

Helena Cavalcante, presidente da Cifa Brasil e mãe atípica, falou da formatação da sessão especial sobre mães atípicas. “Já participei de outras sessões e o mais importante, quando acontecem esses momentos, é permitir que as mães tenham voz, porque nós ouvimos os gestores a todo tempo, eles possuem as casas legislativas disponíveis, e quando momentos como esses acontecem as famílias precisam estar aqui com o microfone ativo”, disse.

“É com grande alegria que estamos aqui para dizer ao mundo que a mãe atípica precisa de um olhar diferenciado. Em meio a tantas dores, dissabores e sofrimentos enfrentados no dia a dia, precisamos dar atenção às famílias, para que possamos dar visibilidade ao processo de inclusão nos âmbitos de educação, saúde e assistência”, concluiu Uiliana Araújo, representante do Instituto dos Cegos de João Pessoa.

Participaram ainda da sessão os vereadores Wamberto Ulysses (Republicanos); Jailma Carvalho (PSB); Miguel Moura, secretário-geral do Agir 36; entre outros.

 

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